quarta-feira, 24 de junho de 2009

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O problema deste mundo são esses amores não-correspondidos e desperdiçados a toda hora, entende? Como paixões que são despertadas negligentemente, ilusões platônicas que acabam com gosto de soco na alma, noites de sexo mal interpretadas, amores exilados que não encontram seu lugar no mundo, como peças extraviadas de um quebra-cabeça. O problema todo se resume nisso: corações e cérebros não falam a mesma língua. A vida seria muito menos dolorida se a gente tivesse o dom de se apaixonar por aquela pessoa que nos oferece o coração. Deveria ser tudo questão de um clique, e pronto: aquele amigo que a gente só consegue enxergar como confidente assexuado se transformaria no príncipe encantado. Mas não, não neste rascunho porco de mundo em que vivemos. Quem sabe na versão 2.0.

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